Há dias em que nada apetece, em que toma conta de nós uma espécie de letargia e o mais que se consegue é ficar para ali, de cabeça vazia, entregue à monotonia. Ontem foi um desses dias e nem o livro novo, ainda por folhear, me despertou o interesse. Acabei por me deixar ficar, a percorrer os canais da TV Cabo, mas sem grande esperança de encontrar algum entretenimento nisso. Como no canal MOV estava a começar um filme e eu gosto de os ver desde o seu início, parei o zapping e prestei atenção. O nome do actor principal, Jean-Claude Van Damme, deixou-me logo de pé atrás, mas o título "Timecop, Patrulha Do Tempo" e uma história em torno de viagens no tempo, foram o argumento para eu dar o benefício da dúvida.
O filme era escandalosamente mau e deixei de o ver a partir do momento em que, a certa altura, observando umas barras de ouro, um dos protagonistas afirma tratar-se de ouro de 1800 e picos, facto comprovado através do teste do Carbono (a que se referiria?!). Mas que disparate mais grosseiro! Passou-me logo a preguiça e lá fui eu ...aos livros e à Internet.
O teste do Carbono-14, ou radiocarbono, é um dos mais conhecidos métodos de datação de restos orgânicos, de origem animal ou vegetal: quando um animal ou uma planta morre, o C14 que ele contém começa o seu processo de desintegração; medindo a radioactividade residual de um achado obter-se-á, portanto, o número aproximado de anos decorridos desde a morte do vegetal ou do animal de que provém.
"MÉTODO DO C14 OU RADIOCARBONO
Baseia-se na determinação da proporção entre o C14 e o total de carbono existente numa amostra (considerando-se um sistema fechado). A amplitude de datação coberta por este método é de 500 a 50.000 anos.
Existem 5 isótopos de C dos quais o mais comum é o C12. O C14 forma-se continuamente, de modo natural, nas partes elevadas da atmosfera (entre 15.000 e 20.000m de altitude) pela interação dos raios cósmicos com o N14. O C14 assim produzido passa a participar do óxido de carbono da atmosfera, sendo incorporado, no habitat terrestre, pelas plantas, através da fotossíntese e, finalmente, pelos animais, através da cadeia herbívoro-carnívora. Nos habitats aquáticos, dissolve-se nas águas, passando à composição das plantas e animais que ali vivem.
Com o correr do tempo, o C14 vai-se desintegrando, transformando-se novamente em N14. Considerando-se que: 1) a proporção C14/C12 conhecida da atmosfera manteve-se constante nos últimos 50.000 anos; 2) que essa proporção se distribui de maneira uniforme e 3) que após a morte dos organismos, a composição isotópica do carbono só se alterou por desintegração, basta medir a C14/C12 para se saber a idade do organismo.
O período da meia-vida do C14 ainda não está seguramente definido. Alguns autores como equivalente a 5.730 ± 40 anos e outros 5.570 ± 30 anos.
A proporção C14/C12 na atmosfera modificou-se a partir de 1950, por efeito das explosões nucleares. Desta maneira, a idade é fornecida com relação ao ano de 1950, com a abreviatura A.P. (antes do presente)"
O filme era escandalosamente mau e deixei de o ver a partir do momento em que, a certa altura, observando umas barras de ouro, um dos protagonistas afirma tratar-se de ouro de 1800 e picos, facto comprovado através do teste do Carbono (a que se referiria?!). Mas que disparate mais grosseiro! Passou-me logo a preguiça e lá fui eu ...aos livros e à Internet.
O teste do Carbono-14, ou radiocarbono, é um dos mais conhecidos métodos de datação de restos orgânicos, de origem animal ou vegetal: quando um animal ou uma planta morre, o C14 que ele contém começa o seu processo de desintegração; medindo a radioactividade residual de um achado obter-se-á, portanto, o número aproximado de anos decorridos desde a morte do vegetal ou do animal de que provém.
"MÉTODO DO C14 OU RADIOCARBONO
Baseia-se na determinação da proporção entre o C14 e o total de carbono existente numa amostra (considerando-se um sistema fechado). A amplitude de datação coberta por este método é de 500 a 50.000 anos.
Existem 5 isótopos de C dos quais o mais comum é o C12. O C14 forma-se continuamente, de modo natural, nas partes elevadas da atmosfera (entre 15.000 e 20.000m de altitude) pela interação dos raios cósmicos com o N14. O C14 assim produzido passa a participar do óxido de carbono da atmosfera, sendo incorporado, no habitat terrestre, pelas plantas, através da fotossíntese e, finalmente, pelos animais, através da cadeia herbívoro-carnívora. Nos habitats aquáticos, dissolve-se nas águas, passando à composição das plantas e animais que ali vivem.
Com o correr do tempo, o C14 vai-se desintegrando, transformando-se novamente em N14. Considerando-se que: 1) a proporção C14/C12 conhecida da atmosfera manteve-se constante nos últimos 50.000 anos; 2) que essa proporção se distribui de maneira uniforme e 3) que após a morte dos organismos, a composição isotópica do carbono só se alterou por desintegração, basta medir a C14/C12 para se saber a idade do organismo.
O período da meia-vida do C14 ainda não está seguramente definido. Alguns autores como equivalente a 5.730 ± 40 anos e outros 5.570 ± 30 anos.
A proporção C14/C12 na atmosfera modificou-se a partir de 1950, por efeito das explosões nucleares. Desta maneira, a idade é fornecida com relação ao ano de 1950, com a abreviatura A.P. (antes do presente)"