domingo, março 16, 2008

Sou historiador porque sou o filho da morta e o mistério do tempo me persegue desde a infância. Até onde remotam as minhas lembranças, encontro-me fascinado pela memória. Ela retém o cimento do espírito, o segredo da nossa identidade; a memória entrega-nos à vertigem do ser e do tempo.

Pierre Chaunu (1982) in Ensaios de Ego-História, Col. Lugar da História, Edições 70, Lisboa, 1986, p.63

Não sou historiadora, nem tão pouco é o meu objectivo escrever aqui como se o fosse. Ecos do Passado não é um ensaio historiográfico; é um exercício de memória na senda daquilo que somos e porque somos, como resultado de uma aventura sem fim de gerações em cuja a acção reside "o segredo da nossa identidade".